ALEXANDRIA, SCHOOL OF
Quando Alexandre construiu a cidade de Alexandria no Egito, com a intenção de torná-la a sede de seu império, ele convidou para lá homens eruditos de todas as nações, que trouxeram consigo suas noções peculiares. A Escola de Filosofia de Alexandria, que foi assim estabelecida, pela mistura de orientalistas, judeus, egípcios e gregos, tornou-se eclética em caráter, e exibiu uma mistura heterogênea das opiniões dos sacerdotes egípcios, dos rabinos judeus, dos professores árabes e dos discípulos de Platão e Pitágoras.
Desta escola derivamos o Gnosticismo e a Cabala, e, acima de tudo, o sistema de simbolismo e alegoria que está na base da filosofia maçônica. A nenhuma seita antiga, de fato, exceto talvez aos pitagóricos, os professores maçônicos têm sido tão devedores pela substância de suas doutrinas, bem como o método esotérico de comunicá-las, como à da Escola de Alexandria. Tanto Aristóbulo quanto Filo, os dois mais celebrados chefes desta escola, ensinaram, embora um século tenha se passado entre seus nascimentos, a mesma teoria, de que as escrituras sagradas dos hebreus eram, por meio de seu sistema de alegorias, a verdadeira fonte de todas as doutrinas religiosas e filosóficas, cujo significado literal era apenas para o povo comum, o significado esotérico ou oculto sendo reservado para os iniciados. A Maçonaria ainda leva em prática a mesma teoria.
Referência:
Albert G. MacKey - Encyclopedia of Freemasonry and its kindred sciences v1&v2 (1916)
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