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Sagrado Anjo Guardião

O Sagrado Anjo Guardião é o representando da sua mais verdadeira natureza divina. O termo é equivalente com o Gênio da Golden Dawn, o Augoeides de Iamblichus, o Atman do Hinduísmo e o Daemon do gnósticos.

No sistema de Magia, a simples e mais importante meta é conectar conscienciosamente com seu SAG, um processo chamado "Conhecimento e Conversação". Fazendo assim, o magista torna-se completamente consciente de sua própria Verdadeira Vontade. Para Aleister Crowley, esse evento era o mais importante e único para qualquer andepto:

Nunca deveria ser esquecido por um momento sequer que o trabalho central e essencial do Magista é a consecução do Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo Guardião. Uma vez que ele tenha alcançado isto ele tem, é claro, deixar-se completamente nas mãos do Anjo que invariavelmente e inevitavelmente pode ser confiado em o conduzir ao grande passo - o cruzamento do Abismo e a consecução do grau de Mestre do Templo. (Magick Without Tears, Ch.83)

Outros nomes

Todas as culturas em toda parte do mundo o conhecem. Todas, as suas maneiras ,o buscam. Existem tantas definições para Ele quanto existem mentes no planeta.

Adonai, Adi - Buddha, Al-Haqq, Allah, Asar Un-nefer, Atman, Augoedies, Chrestos, Cristo, Gênio, Grande Mestre, Ishvara, Jechidah, Kia, Logos, Ori, Sagrado Anjo Guardião, Self, Sol, Vishnu... Deus.


Consideração de Gemer

Segue-se aqui uma carta de Karl Germer, 8º=3° A.·. A.·. afim de ilustrar o assunto, enviada a outra iniciada da Ordem, Jane Wolf em Janeiro de 1951:

"Com base em minha experiência estou certo que atingi Tiphareth em Janeiro de 1927. E foi uma grande experiência... porém, os anos que se seguiram, revelaram algumas surpresas - que eu chamarei ' manifestações' - Eu nunca obtive essas mensagens do Sagrado Anjo Guardião. Foi somente em 1946, talvez 45, que eu fui tomado pela mão e forçado, contra a minha vontade, a agir de determinadas maneiras que, posteriormente, provaram-se extremamente benéficas para mim. Isso levou-me a trocar correspondências com Aleister Crowley num assunto que ultrapassava minha compreensão.
O erro que todos nós parecemos cometer quando ouvimos falar desse S.A.G. e outras histórias sobre esse assunto, eu acho, é esperar algo do tipo ouvir vozes ou ter a visão de outro companheiro, ou de sua Majestade o S.A.G. como algo semelhante ao que ocorre neste plano. Logo após minha experiência em 1927, quando meu S.A.G. avisou-me que eu não tinha noção do que ele estava falando à minha alma, eu fui informado que, para entender Sua linguagem, teria que haver uma adaptação à este plano. Em outras palavras, um não tem que atravessar planos existenciais para comunicar-se com o outro. Eu não segui esse conselho - por teimosia, auxiliada, provavelmente, por uma típica natureza terrestre.
Aleister Crowley deu-me alguns exemplos práticos das intervenções do S.A.G. Uma em 1946, quando a agulha de sua seringa quebrou e estava sozinho em Netherwood, quando um homem chegou, no meio de uma tempestade de neve, sem causa aparente, em sua casa a uma milha ou duas de distância e encontrou-o prostrado ; então telefonou a um médico que logo chegou e o salvou. Se atrasa-se vinte e cinco minutos, estaria morto. Esses são casos especiais. O que nós temos que aprender, é ouvir a sua voz nas coisas mais comuns das nossas vidas.
...Uma vez que você trabalha o universo em altos planos, as ações e poderes do S.A.G. manifestam-se em outros naturalmente.
...Práticas intensas e invocações capacitam a alma a reagir e compreender a linguagem do S.A.G. mais limpa e claramente.
Isso deveria, talvez, ser adicionado aos comentários anteriores. Estou certo de que as realizações totalmente conscientes de Aleister Crowley revelaram aos poucos esse problema. Seus diários mostram que seu S.A.G. freqüentemente comunicava-se mais claramente através de mulheres como Ouarda a Vidente (Rose Kelly), Mary d'Este... e por outros meios. Ele insistia em interrogar o mensageiro com toda força analítica de sua brilhante mente, tanto que, as pessoas que tentavam convencê-lo de certas coisas muito importantes, não ficavam á vontade e partiam.
Todos nós devemos nos fortalecer nesse conceito, não sucumbindo ao desespero, mas aprender como melhorar nossa condição.
Se você soubesse como 666 procurou, muitas vezes às cegas, pela luz e não só ele, todos nós! O melhor que podemos fazer é pegar um único raio de luz entre os bilhões e trilhões que nos são enviados pelo Sol, generosamente, sem discriminação. Nós podemos pegar um em particular que mais se ajusta a nossa natureza, como um indivíduo. O raio que pegamos é diferente do seguinte. O de Van Gogh foi diferente do de Gauguin e assim por diante. Não desista! Você não deve sentir-se inferior a ninguém! Tem o amor de todos, respeito e admiração! Você está insatisfeita consigo mesma! É o tipo de sensação que precede um nascimento. Pergunte a qualquer artista, estadista ou até a um empresário quando uma grande decisão está para ser tomada... estou sendo cuidadoso em responder suas dúvidas e incertezas. A razão disso, é que eu mesmo tive meditando nesse problema por mais de vinte anos. Eu perguntava a Aleister Crowley várias vezes, porém, eu não entendia suas respostas; você deve compreender o assunto intensamente; cada um deve ' buscar no horror das florestas' por si só; a solução chega ao fim de todas as aspirações, ou das lutas travadas... "

Consideração de Motta

A próxima é uma consideração de Marcelo Motta :


"É fato que uma das formas do ‘ Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo Guardião” ocorre no plano relacionado ao Corpo de Desejos, e que uma forma simbólica do ‘ Anjo’ pode então aparecer ao aspirante. Mas, como está escrito: ‘ Conhece-los pelos seus frutos’ a validade de qualquer experiência mística ou mágica está no efeito evolutivo que produz na personalidade da pessoa que obtém a experiência.
Pouco importa, do ponto de vista da humanidade (ou do ponto de vista do Universo), se o nosso arroubo espiritual foi lindo ou gostoso. O que importa é se foi ecológico. Os iniciados definem o avanço espiritual do ser humano como maior eficiência na promoção da harmonia universal.
Se o arroubo não traz benefícios ao universo em que você vive, a fórmula que o compõe não é a Amor, que pressupõe interação e comunicação, e sim, o Ódio, que pressupõe separação.
Visões ‘místicas’ ou mágicas de ‘santos ou santas’ ocorrem constantemente em todos os sistemas religiosos. Na nomenclatura dos iogues, tais visões são formas de Dhyana, que é a experiência mística que antecede Samadhi, a qual é a verdadeira experiência mística que o iogue aspira. Em Samadhi há perfeita identidade entre você e a experiência; portanto a manifestação de forma, ou de uma Entidade separada de você mesmo, é impossível. Como diz o Bagh-i-Muattar: ‘ Alá é o ateísta, Ele não adora Alá’.
Os cristãos que experimentam visões de ‘ Jesus Cristo’ ou da ‘Virgem Maria’, por exemplo, estão experimentando projeções do plano astral da intensidade de seu próprio desejo. Se ele se apega a tais visões, corre grande perigo de ser obcecado por entidade de uma baixa natureza. As incríveis perseguições religiosas dos cristãos uns contra os outros e contra membros de outros cultos, as espantosas crueldades da Inquisição romana e protestante, tiveram sua origem no apego por parte de crentes a visões deste tipo.
(...) Que se pode fazer num caso deste? Como podemos convencer uma alma simples de que o Jesus Cristo dos Evangelhos é apenas um símbolo do Adepto, ou de que a Virgem Universal é demasiado sublime para ser concentrada em uma simples forma humana. Principalmente quando sabemos que tanto o Cristo quanto a Virgem são arquétipos que existem em uma forma ou em outra, em todo e cada subconsciente humano.
Ainda como diz o Livro da Lei: ‘ Não sejas animal; refina tua raptura!’
O iniciado só passa além da Visão do Anjo a uma verdadeira comunhão com ele quando percebe que é justamente a Visão que o separa d`Ele.
Qual iogue que alcançará Samadhi enquanto se sentir satisfeito com Dhyana.
É necessário tomar o máximo cuidado com visões astrais. O plano astral é infinitamente plástico: a substância que o compõe está sempre pronta assumir as formas do nosso desejo ou do nosso medo. Por este motivo, o Astral (como tudo mais neste mundo) é uma faca de dois gumes."

Ataque e Defesa Astral, Ed. Bhavani.


Ver também

Ofício de Anthem