Sem resumo de edição
(Contexto Insuficiente)
Linha 1: Linha 1:
{{Contexto}}
{{aethyrs}}
{{aethyrs}}



Edição das 19h49min de 5 de fevereiro de 2007

A introdução a este artigo oferece contexto insuficiente para aqueles não familiarizados com o assunto.
Por favor nos ajude a melhorar a introdução para atingir o padrão Ocultura de qualidade. Você pode discutir o assunto na página de discussão.

Este artigo é parte integrante da série A Visão e a Voz - Liber 418

Liber 418: A Visão e a Voz, é considerado por Aleister Crowley como o segundo livro em importância, perdendo apenas para Liber AL vel Legis Para obtê-lo, Aleister Crowley e seu discípulo, o poeta inglês Victor Benjamin Neuburg, viajaram as terras áridas da Argélia e ali realizaram invocações específicas valendo-se do sistema enoquiano de John Dee e Edward Kelley.


A INVOCAÇÃO DO 19º ÆTHYR CHAMADO POP


Surge na pedra uma teia negra. Um raio de luz passa por ela vindo de cima e por trás. Logo em seguida uma cruz negra ocupando toda a pedra e depois outra, dourada, só que menor. Aparece uma escrita num arco maior do que a cruz negra num alfabeto cujas letras possuem a forma de pequenas adagas com as guardas dispostas de modo diferente em cada uma. E o que está escrito é: Abençoado no corpo as cousas do corpo; abençoado seja no meio de todas as cousas da mente; abençoado seja no espírito das cousas do espírito.


(Esse alfabeto sagrado deve ser escrito por pecadores, isto é, os impuros)


“Impuro” significa aqueles cujos pensamentos, cada um, é seguido do outro ou que confundem o mais alto com o mais baixo, o conteúdo com a sombra. Cada Æthyr é verdadeiro apesar de não passarem de sombras, pois a sombra de um homem não é a sombra de um macaco.


(Nota: tudo isso chega a mim sem voz nem visão ou pensamento)


(A pedra de visão está pressionada contra a minha fronte causando uma dor intensa; á medida que vou de Æthyr a Æthyr parece ser cada vez ser mais difícil abri-los.)


A cruz dourada torna-se uma pequena porta estreita e um homem, idoso como o Eremita do Tarô abriu-a e entrou. Peço a ele permissão para fazer o mesmo: e ele meneia sua cabeça gentilmente e diz: não é dada permissão à carne e ao sangue desvelar os mistérios do Æthyr, pois nele estão as carruagens de fogo e o galopar dos cavaleiros; não importa, quem quer que seja, ao entrar aqui, pode nunca mais fitar a vida novamente com os mesmos olhos. Eu insisto.


O pequeno portal é guardado por um grande dragão verde. E agora toda a parede subitamente desaba; surge uma labareda de carruagens e cavaleiros; uma furiosa batalha surge e se intensifica. Nada se ouve além do clangor do aço e o relinchar dos cavalos de guerra e o lamento dos feridos. Mil sucumbem a cada embate além de serem atropelados. O Æthyr está completamente cheio; e crescendo.


Não! Está tudo errado, pois não existe uma batalha entre forças, mas uma na qual cada guerreiro luta por si mesmo. Não consigo ver quem é aliado. Afortunados são os das carruagens porque tombam rapidamente. Pois tão logo engajam-se nas batalhas seus próprios aurigas os esfaqueiam pelas costas.


E no meio do campo de batalha há uma grande árvore de porcelana. Ainda sim, dá frutos. Então, todos os guerreiros perecem e eles são as frutas maduras caídas, o chão está coberto com elas.


Ouço um pequeno riso no meu ouvido direito: “Esta é a árvore da vida”.


E agora surge um poderoso deus, Sebek, aquele com a cabeça de crocodilo. Ela é acinzentada, como um rio lamacento e suas mandíbulas são do tamanho do Æthyr. E ele abocanha toda a árvore e chão e tudo mais.


Então chega o Anjo do Æthyr, parece Aquele da décima - quarta chave da Rota, com belas asas e mantos azuis, o sol na faixa que ela usa como um broxe e duas luas crescentes como sandálias. O cabelo dela é dourado, cada chispa parecendo uma estrela. Nas mãos está a tocha de Penélope e a taça de Circe.


Ela vem, beija a minha boca e diz: Abençoado seja tu que contemplaste Sebek o meu Senhor em sua glória. Muitos são os campeões da vida, todavia, todos são derrubados do cavalo pela flecha da morte. Muitas são as crianças da luz, porém seus olhos serão escurecidos pela Mãe das Trevas. Muitos são os servos do amor, porém o amor (reduzido a nada pelo amor) será extinto, da mesma maneira que uma criança fecha os dedos no pavio de uma vela pelo deus que senta só.


E a boca do Anjo, como um crisântemo de luz radiante, é um beijo e nela está o monograma I.H.S. As letras, I.H.S., significam In Homini Salus e Instar Hominis Summus e Imago Hominis dues. E há muitos, mais muitos outros significados, porém todos convergem para uma mesma coisa: nada é relevante além do homem; não existe esperança ou ajuda além do homem.


E ela diz: Doces são os meus beijos, Ó viajante que vagueia de estrela a estrela. Doces são meus beijos, Ó chefe de família que se exaure entre as quatro paredes. Tu te encontras aprisionado em tua mente e minhas flechas perfuram-te e assim te libertas. Tua imaginação devora o universo tal qual o dragão devora a lua. E no cabo ela está concentrada e aprisionada. Olhai o quanto tudo ao redor de ti abriga meus guerreiros, poderosos cavaleiros e doiradas armaduras prontas para a batalha. Olhai acima da minha coroa; ela esta acima das estrelas.


Contemplai o ardor e o rubror! Sobre a tua face corre a brisa que agita as plumas da verdade. E apesar de ser o Anjo da décima - quarta chave sou também o da oitava. E do amor desses dois eu surgi, eu que sou a guardiã de Pop e o servo deles que lá permanecem. Apesar de todas as coroas caírem, a minha não cairá; pois minhas plumas alcançam os Joelhos Dele que senta no sagrado trono e vive e reina eternamente como o equilíbrio da retidão e verdade, eu sou o Anjo da lua. Eu sou a velada que senta entre os pilares ocultos por um véu luminoso e em minha capa está aberto o Livro dos mistérios da luz inefável. Eu sou a aspiração ao mais alto; sou o amor do desconhecido. Sou a saudade cega no coração dos homens. Sou a ministra do sacramento da dor. Eu balanço o incensário da graça e jogo as águas da purificação. Eu sou a filha da casa do invisível. Eu sou a Sacerdotisa da Estrela de Prata.


Então ela me traz de encontro ao seu colo como a mãe faz com o seu bebê, segurando-me em seu braço esquerdo e coloca meus lábios no seu peito. E nele está escrito: Rosa Mundi est Lilium Coeli enquadrado bem no meio. Dali irradia uma flama de luz, por demais ofuscante para escrever as letras e a voz diz: Non haec piscis omnium.


(Para entender devemos ver que 'Ιχθυς' não oculta Iesous Christos Theon Uios Soter como tradicionalmente afirmado, mas é um mistério da letra Nun e da letra Qoph, como pode ser percebido somando.


'Ιχθυς' só foi relacionado com a Cristandade pois fora um hieróglifo da esfinge a qual os Romano supostamente trouxeram da Síria que por sua vez, parece tê-los amaldiçoado com lepra cuja causa, para eles, foi peixe.


Um sentido importante de 'Ιχθυς': é fomado pelas iniciais das cinco divindades Egípcias e também de cinco divindades Gregas, em ambos os casos uma fórmula mágica de tremendo poder está oculta.)


Em relação a Sagrada Mesa em si eu não posso vê-la com a clareza da luz, porém, sei que aparece em outro Æthyr formado, em sua maior parte, por ela. E sou convidado a estudar a Sagrada Tábua intensamente para ser capaz de me concentrar nela quando surgir.


Eu cresço e cresço para então ficar maior do que o Anjo. E nos juntamos, como se crucificados, face a face, nossas mãos e lábios e peitos e joelhos e pés, todos juntos, e os olhos dela perfuram os meus, então sou empurrado para fora do Æthyr para, logo em seguida, ouvir um imenso berro muito desconcertante, frio e brutal: Osíris era um deus negro! E o Æthyr bate palmas produzindo um som maior do que mil poderosos trovões.


Eu retornei.


Bou Saada
30 de Novembro de 1909, 22:00- 23:45.