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A INVOCAÇÃO DO 24º ÆTHYR CHAMADO NIA (177)
{{aethyrs}}
 
'''NIA''' é o 24º Æthyr invocado no [[Liber 418]]. Refere-se à Rosa. (A Mulher do [[A Arte|Atu XIV]]. Ministra de [[Babalon]]; O Querubim da Água na Iniciação.) O Primeiro Beijo da Dama da Iniciação..
 
[[Imagem:Aethyr_24.gif]]
 
 
==A invocação do 24º Æthyr chamado NIA==
 
 
Um Anjo aparece na pedra vestido como um guerreiro numa armadura feita de correntes. Na sua cabeça estão plumas cinza, arranjadas como o leque da cauda de um pavão. Aos seus pés um grande exército de escorpiões e cães, leões, elefantes e muitas outras bestas selvagens. Ele ergue seus braços para o céu e diz: no crepitar das luzes, no retumbar do trovão, no clangor das espadas e no disparar das flechas, seja teu nome exaltado!
 
   
   
Um Anjo aparece na pedra vestido como um guerreiro numa armadura feita de correntes. Na sua cabeça estão plumas cinza, (178) arranjadas como o leque da cauda de um pavão. (179) Aos seus pés um grande exército de escorpiões e cães, leões, elefantes e muitas outras bestas selvagens. Ele ergue seus braços para o céu e diz: no crepitar das luzes, no retumbar do trovão, no clangor das espadas e no disparar das flechas, (180) seja teu nome exaltado!
Torrentes de fogo caem dos céus num tom azul brilhante e pálido, como plumas. E eles se unem e se alinham em cima dos lábios do Anjo. Seus lábios são mais rubros do que rosas e o azul das plumas agrupam-se num rosa azulado e, debaixo das pétalas da rosa, sobem reluzentes e coloridos pássaros cantarolando e o orvalho cai, róseo e doce orvalho colorido. Eu fico embaixo dessa chuva.  
Torrentes de fogo caem dos céus num tom azul brilhante (181) e pálido, como plumas. E eles se unem e se alinham em cima dos lábios do Anjo. Seus lábios são mais rubros do que rosas e o azul das plumas agrupam-se num rosa azulado (182) e, debaixo das pétalas da rosa, sobem reluzentes e coloridos pássaros cantarolando (183) e o orvalho cai, róseo e doce orvalho colorido.(184) Eu fico embaixo dessa chuva.  
 
E uma voz vindo da rosa: Saia! Nossa carruagem esta sendo puxada pelas pombas.(185) De madrepérola e marfim ela (186) é feita e o seu interior é o intimo dos homens. A cada momento que voamos cobrimos um æon. E cada lugar em que descansamos será um jovem universo jubiloso em sua força e os prados serão cobertos com flores. Assim, repousaremos durante uma noite e, na manhã, alçaremos vôo, descansados.  
 
Então eu imaginei a carruagem, da qual a voz fala, e procurei ver quem estava me acompanhando Era um Anjo de cachos louros e pela igualmente dourada, cujos olhos eram mais azuis do que o mar e a boca mais rubra do que o fogo, cujo hálito é o mais delicioso ar. Mais finas do que teias de aranhas eram as suas vestes. E eram das sete cores. (187)
E uma voz vindo da rosa: Saia! Nossa carruagem esta sendo puxada pelas pombas. De madrepérola e marfim ela é feita e o seu interior é o intimo dos homens. A cada momento que voamos cobrimos um æon. E cada lugar em que descansamos será um jovem universo jubiloso em sua força e os prados serão cobertos com flores. Assim, repousaremos durante uma noite e, na manhã, alçaremos vôo, descansados.  
Todas essas coisas eu vi e então a oculta voz tornou-se mais lenta e adocicada: Saia! O preço da jornada é pequeno embora seu nome seja morte. Tu morrerás para tudo que tu temes e anseias e amas e pensas e és. Sim! Tu morrerás, como deves morrer. Pois tudo que tu tens, não tens; tudo o que tu és, não és tu! (188)
 
NENNI OFEKUFA ANANAEL LAIADA I MAELPEREJI NONUKA AFAFA ADAREPEHETA PEREGI ALADI NIISA NIISA LAPE OL ZODIR IDOIAN. (189)
 
Então eu imaginei a carruagem, da qual a voz fala, e procurei ver quem estava me acompanhando Era um Anjo de cachos louros e pela igualmente dourada, cujos olhos eram mais azuis do que o mar e a boca mais rubra do que o fogo, cujo hálito é o mais delicioso ar. Mais finas do que teias de aranhas eram as suas vestes. E eram das sete cores.  
 
 
Todas essas coisas eu vi e então a oculta voz tornou-se mais lenta e adocicada: Saia! O preço da jornada é pequeno embora seu nome seja morte. Tu morrerás para tudo que tu temes e anseias e amas e pensas e és. Sim! Tu morrerás, como deves morrer. Pois tudo que tu tens, não tens; tudo o que tu és, não és tu!  
 
 
NENNI OFEKUFA ANANAEL LAIADA I MAELPEREJI NONUKA AFAFA ADAREPEHETA PEREGI ALADI NIISA NIISA LAPE OL ZODIR IDOIAN.  
 
 
Então digo: ODO KIKALE QAA. Porque tu te ocultas de mim e quem eu ouço?  
Então digo: ODO KIKALE QAA. Porque tu te ocultas de mim e quem eu ouço?  
E a voz responde: a audição é do espírito solitário. (190) Tu és um participante do quíntuplo mistério.(191) Tu deves enrolar os divinos dez como um pergaminho e moldar dele uma estrela.(192) Ainda deves tu apagar a estrela no coração de Hadit. (193)
 
 
E a voz responde: a audição é do espírito solitário. Tu és um participante do quíntuplo mistério. Tu deves enrolar os divinos dez como um pergaminho e moldar dele uma estrela. Ainda deves tu apagar a estrela no coração de Hadit.  
 
 
Pois o sangue de meu coração é tal qual um cálido banho de mirra e âmbar; banhe-se nele. O sangue de meu coração ficará acumulado em meus lábios se eu beijar-te, queimará as pontas de meus dedos se eu o tocar, queimará em meu ventre quando tu subires em minha cama.Poderosas são as estrelas, poderoso é o sol, poderosa é a lua, poderosa é a voz do eterno e o eco de seus suspiro são os trovões da dissolução dos mundos. O meu silêncio, porém, é mais poderoso do que eles. Trancai os mundos, como se o fizesse dentro de velhas casas; fechai o livro das gravações e deixai o véu cobrir todo o santuário, pois eu me ergo, Ó meu formoso e não há mais necessidade de todas essas cousas.  
Pois o sangue de meu coração é tal qual um cálido banho de mirra e âmbar; banhe-se nele. O sangue de meu coração ficará acumulado em meus lábios se eu beijar-te, queimará as pontas de meus dedos se eu o tocar, queimará em meu ventre quando tu subires em minha cama.Poderosas são as estrelas, poderoso é o sol, poderosa é a lua, poderosa é a voz do eterno e o eco de seus suspiro são os trovões da dissolução dos mundos. O meu silêncio, porém, é mais poderoso do que eles. Trancai os mundos, como se o fizesse dentro de velhas casas; fechai o livro das gravações e deixai o véu cobrir todo o santuário, pois eu me ergo, Ó meu formoso e não há mais necessidade de todas essas cousas.  
Se uma vez eu me separar de você será pelo prazer do jogo. Não é a vazante e a corrente da maré uma canção do oceano? Venha, vamos montar em Nuit, nossa mãe e nos perder. Que nós nos esvaziemos no abismo infinito! Pois apenas por mim tu montarás, não tens outras asas que não as minhas.(194)  
Se uma vez eu me separar de você será pelo prazer do jogo. Não é a vazante e a corrente da maré uma canção do oceano? Venha, vamos montar em Nuit, nossa mãe e nos perder. Que nós nos esvaziemos no abismo infinito! Pois apenas por mim tu montarás, não tens outras asas que não as minhas.(194)  
Tudo isso enquanto a Rosa é lançada longe das plumas azuis, reluzentes como as cobras espalhadas por todo Ar. E elas têm a forma de vários dizeres e um deles é: Sub umbra alarum tuarum Adonai quies et felicitas. (195) E o outro: Summum bonum, vera sapientia, magnanima vita, sub noctis nocte sunt. (196) E o outro: Vera medicina est vinum mortis.(197) E o outro: Libertas evangelii per jugum legis ob gloriam dei intactam ad vacuum nequaquam tendit. (198) E o outro : Sub aqua lex terrarum. (199) E o outro: Mens edax rerum, cor umbra rerum; intelligentia via summa. (200) E o outro: Summa via lucis: per Hephaestum undas regas.(201) E o outro: Vir introit tumulum regis, invenit oleum lucis. (202)
 
E ao redor delas estão as letras TARO; porém a luz é tão terrível que não posso ler as palavras. Vou tentar novamente. Todas essas serpentes estão juntas, aglomeradas nas extremidades da roda, pois existem inúmeras frases. Uma delas é: tres annos regimen oraculi.(203) E outra é: terribilis ardet rex !wylc (204) . E outra: Ter amb (amp?) (não posso vê-la) rosam oleo (?).(205) E outra: Tribus annulis regna olisbon.(206) E a maravilha disso tudo é que, com essas quatro letras, pode-se criar um conjunto de regras para se fazer qualquer coisa, para ambas as magias, branca e negra.  
 
Tudo isso enquanto a Rosa é lançada longe das plumas azuis, reluzentes como as cobras espalhadas por todo Ar. E elas têm a forma de vários dizeres e um deles é: ''Sub umbra alarum tuarum Adonai quies et felicitas.'' E o outro: ''Summum bonum, vera sapientia, magnanima vita, sub noctis nocte sunt''. E o outro: ''Vera medicina est vinum mortis.'' E o outro: ''Libertas evangelii per jugum legis ob gloriam dei intactam ad vacuum nequaquam tendit.'' E o outro : ''Sub aqua lex terrarum.'' E o outro: ''Mens edax rerum, cor umbra rerum; intelligentia via summa.'' E o outro: ''Summa via lucis: per Hephaestum undas regas.'' E o outro: ''Vir introit tumulum regis, invenit oleum lucis.''
 
 
E ao redor delas estão as letras TARO; porém a luz é tão terrível que não posso ler as palavras. Vou tentar novamente. Todas essas serpentes estão juntas, aglomeradas nas extremidades da roda, pois existem inúmeras frases. Uma delas é: tres annos regimen oraculi. E outra é: terribilis ardet rex צליון. E outra: ''Ter amb'' (amp?) (não posso vê-la) ''rosam oleo'' (?). E outra: ''Tribus annulis regna olisbon''. E a maravilha disso tudo é que, com essas quatro letras, pode-se criar um conjunto de regras para se fazer qualquer coisa, para ambas as magias, branca e negra.  
 
E agora vejo o coração da rosa novamente. E a face dele que é o coração da rosa e na glória da face que estou encerrando. Meus olhos estão fixos nos dele; o meu ser é sugado, via meus olhos, para os dele. E através deles vejo! O universo, como espirais de ouro, sopradas numa tempestade. E vejo crescendo novamente dentro dele. A minha consciência preenche todo o Æthyr. Ouço a voz de NIA, ressoando novamente e de novo, vinda de dentro de mim. Soa como um música sem fim e dela está o significado do Æthyr. Novamente não existem palavras.  
E agora vejo o coração da rosa novamente. E a face dele que é o coração da rosa e na glória da face que estou encerrando. Meus olhos estão fixos nos dele; o meu ser é sugado, via meus olhos, para os dele. E através deles vejo! O universo, como espirais de ouro, sopradas numa tempestade. E vejo crescendo novamente dentro dele. A minha consciência preenche todo o Æthyr. Ouço a voz de NIA, ressoando novamente e de novo, vinda de dentro de mim. Soa como um música sem fim e dela está o significado do Æthyr. Novamente não existem palavras.  
E durante todo esse tempo as espirais douradas se vão e elas são de azul celeste repleta de alvas nuvens. E vejo montanhas ao redor, azuis, bem azuis e púrpuras também. E no meio está um pequeno vale de musgo, com minha face acima, sorvendo, sorvendo, sorvendo e sorvendo e sorvendo o orvalho.  
E durante todo esse tempo as espirais douradas se vão e elas são de azul celeste repleta de alvas nuvens. E vejo montanhas ao redor, azuis, bem azuis e púrpuras também. E no meio está um pequeno vale de musgo, com minha face acima, sorvendo, sorvendo, sorvendo e sorvendo e sorvendo o orvalho.  
Não consigo descrever a você a alegria e o cansaço de tudo o que passou e a energia de tudo que é, pois ela não passa do cadáver que jaz no musgo. Eu sou a alma do Æthyr.(207)
 
Agora ela reverba como as espadas dos arcanjos golpeando a armadura dos condenados e surge o ferreiro dos céus, batendo o aço das palavras nas bigornas do inferno, construindo uma cobertura para o Æthyr. (208)
 
Não consigo descrever a você a alegria e o cansaço de tudo o que passou e a energia de tudo que é, pois ela não passa do cadáver que jaz no musgo. Eu sou a alma do Æthyr.
 
 
Agora ela reverba como as espadas dos arcanjos golpeando a armadura dos condenados e surge o ferreiro dos céus, batendo o aço das palavras nas bigornas do inferno, construindo uma cobertura para o Æthyr.
 
 
Pois a grande obra foi concluída e todos os Æthyrs foram alinhados em um; então a visão falha e a voz se cala.  
Pois a grande obra foi concluída e todos os Æthyrs foram alinhados em um; então a visão falha e a voz se cala.  
Tudo se foi da pedra.  
Tudo se foi da pedra.  
 
Ain el Hajel
 
26 de novembro de 1909. 14:00 - 15:25
 
<p align='right'>'''Ain el Hajel'''<br>
'''26 de novembro de 1909. 14:00 - 15:25'''</p>
==Referências==
 
*[http://www.astrumargentum.org/arquivos/ht/libri/libri_418.htm Astrum Argentum] Retirado no dia 15/11/2006 e.v.
[[Categoria:Liber 418]]

Edição atual tal como às 07h03min de 17 de janeiro de 2011

Este artigo é parte integrante da série A Visão e a Voz - Liber 418

Liber 418: A Visão e a Voz, é considerado por Aleister Crowley como o segundo livro em importância, perdendo apenas para Liber AL vel Legis Para obtê-lo, Aleister Crowley e seu discípulo, o poeta inglês Victor Benjamin Neuburg, viajaram as terras áridas da Argélia e ali realizaram invocações específicas valendo-se do sistema enoquiano de John Dee e Edward Kelley.


NIA é o 24º Æthyr invocado no Liber 418. Refere-se à Rosa. (A Mulher do Atu XIV. Ministra de Babalon; O Querubim da Água na Iniciação.) O Primeiro Beijo da Dama da Iniciação..

Aethyr 24.gif


A invocação do 24º Æthyr chamado NIA

Um Anjo aparece na pedra vestido como um guerreiro numa armadura feita de correntes. Na sua cabeça estão plumas cinza, arranjadas como o leque da cauda de um pavão. Aos seus pés um grande exército de escorpiões e cães, leões, elefantes e muitas outras bestas selvagens. Ele ergue seus braços para o céu e diz: no crepitar das luzes, no retumbar do trovão, no clangor das espadas e no disparar das flechas, seja teu nome exaltado!


Torrentes de fogo caem dos céus num tom azul brilhante e pálido, como plumas. E eles se unem e se alinham em cima dos lábios do Anjo. Seus lábios são mais rubros do que rosas e o azul das plumas agrupam-se num rosa azulado e, debaixo das pétalas da rosa, sobem reluzentes e coloridos pássaros cantarolando e o orvalho cai, róseo e doce orvalho colorido. Eu fico embaixo dessa chuva.


E uma voz vindo da rosa: Saia! Nossa carruagem esta sendo puxada pelas pombas. De madrepérola e marfim ela é feita e o seu interior é o intimo dos homens. A cada momento que voamos cobrimos um æon. E cada lugar em que descansamos será um jovem universo jubiloso em sua força e os prados serão cobertos com flores. Assim, repousaremos durante uma noite e, na manhã, alçaremos vôo, descansados.


Então eu imaginei a carruagem, da qual a voz fala, e procurei ver quem estava me acompanhando Era um Anjo de cachos louros e pela igualmente dourada, cujos olhos eram mais azuis do que o mar e a boca mais rubra do que o fogo, cujo hálito é o mais delicioso ar. Mais finas do que teias de aranhas eram as suas vestes. E eram das sete cores.


Todas essas coisas eu vi e então a oculta voz tornou-se mais lenta e adocicada: Saia! O preço da jornada é pequeno embora seu nome seja morte. Tu morrerás para tudo que tu temes e anseias e amas e pensas e és. Sim! Tu morrerás, como deves morrer. Pois tudo que tu tens, não tens; tudo o que tu és, não és tu!


NENNI OFEKUFA ANANAEL LAIADA I MAELPEREJI NONUKA AFAFA ADAREPEHETA PEREGI ALADI NIISA NIISA LAPE OL ZODIR IDOIAN.


Então digo: ODO KIKALE QAA. Porque tu te ocultas de mim e quem eu ouço?


E a voz responde: a audição é do espírito solitário. Tu és um participante do quíntuplo mistério. Tu deves enrolar os divinos dez como um pergaminho e moldar dele uma estrela. Ainda deves tu apagar a estrela no coração de Hadit.


Pois o sangue de meu coração é tal qual um cálido banho de mirra e âmbar; banhe-se nele. O sangue de meu coração ficará acumulado em meus lábios se eu beijar-te, queimará as pontas de meus dedos se eu o tocar, queimará em meu ventre quando tu subires em minha cama.Poderosas são as estrelas, poderoso é o sol, poderosa é a lua, poderosa é a voz do eterno e o eco de seus suspiro são os trovões da dissolução dos mundos. O meu silêncio, porém, é mais poderoso do que eles. Trancai os mundos, como se o fizesse dentro de velhas casas; fechai o livro das gravações e deixai o véu cobrir todo o santuário, pois eu me ergo, Ó meu formoso e não há mais necessidade de todas essas cousas.


Se uma vez eu me separar de você será pelo prazer do jogo. Não é a vazante e a corrente da maré uma canção do oceano? Venha, vamos montar em Nuit, nossa mãe e nos perder. Que nós nos esvaziemos no abismo infinito! Pois apenas por mim tu montarás, não tens outras asas que não as minhas.(194)


Tudo isso enquanto a Rosa é lançada longe das plumas azuis, reluzentes como as cobras espalhadas por todo Ar. E elas têm a forma de vários dizeres e um deles é: Sub umbra alarum tuarum Adonai quies et felicitas. E o outro: Summum bonum, vera sapientia, magnanima vita, sub noctis nocte sunt. E o outro: Vera medicina est vinum mortis. E o outro: Libertas evangelii per jugum legis ob gloriam dei intactam ad vacuum nequaquam tendit. E o outro : Sub aqua lex terrarum. E o outro: Mens edax rerum, cor umbra rerum; intelligentia via summa. E o outro: Summa via lucis: per Hephaestum undas regas. E o outro: Vir introit tumulum regis, invenit oleum lucis.


E ao redor delas estão as letras TARO; porém a luz é tão terrível que não posso ler as palavras. Vou tentar novamente. Todas essas serpentes estão juntas, aglomeradas nas extremidades da roda, pois existem inúmeras frases. Uma delas é: tres annos regimen oraculi. E outra é: terribilis ardet rex צליון. E outra: Ter amb (amp?) (não posso vê-la) rosam oleo (?). E outra: Tribus annulis regna olisbon. E a maravilha disso tudo é que, com essas quatro letras, pode-se criar um conjunto de regras para se fazer qualquer coisa, para ambas as magias, branca e negra.

E agora vejo o coração da rosa novamente. E a face dele que é o coração da rosa e na glória da face que estou encerrando. Meus olhos estão fixos nos dele; o meu ser é sugado, via meus olhos, para os dele. E através deles vejo! O universo, como espirais de ouro, sopradas numa tempestade. E vejo crescendo novamente dentro dele. A minha consciência preenche todo o Æthyr. Ouço a voz de NIA, ressoando novamente e de novo, vinda de dentro de mim. Soa como um música sem fim e dela está o significado do Æthyr. Novamente não existem palavras.


E durante todo esse tempo as espirais douradas se vão e elas são de azul celeste repleta de alvas nuvens. E vejo montanhas ao redor, azuis, bem azuis e púrpuras também. E no meio está um pequeno vale de musgo, com minha face acima, sorvendo, sorvendo, sorvendo e sorvendo e sorvendo o orvalho.


Não consigo descrever a você a alegria e o cansaço de tudo o que passou e a energia de tudo que é, pois ela não passa do cadáver que jaz no musgo. Eu sou a alma do Æthyr.


Agora ela reverba como as espadas dos arcanjos golpeando a armadura dos condenados e surge o ferreiro dos céus, batendo o aço das palavras nas bigornas do inferno, construindo uma cobertura para o Æthyr.


Pois a grande obra foi concluída e todos os Æthyrs foram alinhados em um; então a visão falha e a voz se cala.


Tudo se foi da pedra.


Ain el Hajel
26 de novembro de 1909. 14:00 - 15:25

Referências