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Esse artigo refere-se ao Sistema Mágico de Aleister Crowley e que foi totalmente exposto em sua obra prima Magick in Theory and Practice. Sendo que é um termo variante do termo de Magic que foi popularizado por seu autor na Era Vitoriana.

Magick é um termo cunhado por Aleister Crowley para diferenciar a sua filosofia mágica dos espetáculos ilusionistas circenses, uma vez que no inglês moderno não existe distinção para "magia" e "mágica", além de fazê-lo sob uma ótica cabalística. Uma de seus objetivos, era estender o conceito ao cotidiano humano, não isolando a magia da capacidade humana comum.

O homem, durante várias eras, subordinou-se, pela ignorância ou por medo, a vontades de deuses, sejam em panteões ou egocentricamente únicos.

"Todo homem e toda mulher é uma estrela", e Magick é o meio de seguirmos as nossas órbitas em harmonia com o próximo, e a Vontade (Thelema em grego, que tem o mesmo valor numérico de Ágape, Amor) é o motor dessa ação.

Etimologia

Do Inglês Medieval magique do Francês Medieval, do Latim magice, do Grego magikE, feminino de magikos Magian, magical, do magos magus, feiticeiro, de origem Iraniana; semelhante ao Antigo Persia feiticeiro magus.

Definição

Segundo o Magick in Theory and Practice:

"Magick é a Ciência e a Arte de causar mudanças de acordo com a Vontade".

Complemento explicativo do livro:

"é meu desejo informar ao mundo certos fatos do meu conhecimento. Eu, portanto, tomo as "armas mágicas" caneta, tinta e papel e escrevo " encantamentos" estas frases em linguagem mágica, isto é, a qual é entendida por pessoas que desejo instruir. Invoco "espíritos" tais como tipógrafos, editores, livreiros e assim por diante e os instruo a passar a minha mensagem áquelas pessoas. A composição e distribuição é um ato de Magick pelo qual provoco mudanças de acordo com minha Vontade".

Postulados

Ainda de acordo com o Magick in Theory and Practice:

"Qualquer mudança que se queira, pode ser obtida com aplicação da Força do tipo e graus próprios, de maneira apropriada, através do meio adequado ao objeto desejado."

Complemento:

"desejo preparar uma "onça" de Clorito de Ouro. Preciso pegar o tipo certo de ácido, nitrohidroclorídrico e nenhum outro, na quantidade suficiente e com a energia adequada e coloca-lo em um recipiente que não se quebrará suscetível a corrosão, de tal maneira que não produza resultados indesejáveis, com a quantidade suficiente de ouro e assim por diante. Toda mudança tem suas próprias condições. No presente estado de nosso conhecimento e poder, algumas mudanças não são possíveis na prática; não podemos causar eclipses, por exemplo, ou transformar chumbo em lata, ou gerar homens a partir de cogumelos. Mas é teoricamente possível provocar em qualquer objeto, qualquer mudança do qual este objeto é capaz por natureza; e as condições são descritas no postulado acima".

Teoremas

De forma mais específica o Magick in Theory and Practice lista os seguintes teoremas:

  1. Todo ato intencional é uma ato de Magick.
  2. Todo ato bem sucedido enquadra-se ao postulado
  3. Todo fracasso prova que um mais requisitos do postulado não foram atendidos.
  4. O primeiro requisito para provocar qualquer mudança será através do entendimento qualitativo e quantitativo das condições.
  5. O segundo requisito para se provocar qualquer mudança é a habilidade prática para se colocar em movimento as forças necessárias.
  6. Todo homem e toda mulher é uma estrela. Quer dizer, todo ser humano é intrinsecamente um indivíduo independente com seu papel e direção próprios.
  7. Todo homem e toda mulher tem um curso, dependendo parcialmente do indivíduo e parcialmente do ambiente, que é natural e necessário para cada um. Qualquer um que seja forçado a sair de seu próprio caminho, por não entender a si mesmo ou por oposição externa, entra em conflito com a ordem do Universo e sofre de acordo.
  8. Um homem cujo desejo consciente disputa com a sua Verdadeira Vontade está desperdiçando suas forças. Ele não pode esperar influenciar o seu ambiente com eficiência.
  9. Um homem que realiza a sua Verdadeira Vontade, tem a inércia do Universo para ajuda-lo.
  10. A Natureza é um fenômeno contínuo, embora não saibamos, em todos os casos, como os fatos são conectados.
  11. A ciência nos torna aptos a tirar proveito da continuidade da Natureza pela empírica aplicação de certos princípios cuja interação envolve diferentes tipos de pensamentos, conectados uns aos outros de modo além de nossa atual compreensão.
  12. O homem ignora a natureza de seu próprio ser e seus poderes. Até mesmo a idéia e limitações estão baseados em sua experiências do passado, e cada passo no seu progresso aumenta seu império. E não há, portanto, razão para se designar limites teóricos ao que possa ser, ou mesmo o que ele possa fazer.
  13. Todo homem sabe, mais ou menos, que sua individualidade compreende diversos tipos de existência, até mesmo ele sustenta que seus princípios mais sutis são simplesmente mudanças sintomáticas em seu corpo físico. Preceito similar pode ser extendido a toda natureza.
  14. O Homem é capaz de ser e usar qualquer coisa que percebe, porque tudo que ele percebe é, de certo modo, uma parte de seu ser. Ele pode, desta forma, subjulgar todo o Universo do qual ele é ciente e sua Vontade Individual.
  15. Toda força no Universo é capaz de ser transformada em qualquer tipo de força pelo uso dos meios adequados. Há, desta forma uma inesgotável fonte de qualquer tipo de força que precisemos.
  16. A aplicação de qualquer força afeta todo tipo de existência que esteja no objeto ao qual ela é aplicada, e qualquer um dos tipos é diretamente afetado.
  17. Um homem pode aprender a usar qualquer força, para servir a quaisquer propósitos, tirando proveito dos teoremas acima.
  18. Ele poderá atrair para si mesmo, qualquer força do universo, tornando-se um receptáculo adequado para isto, estabelecendo a conecção adequada ás condições para que a natureza desta força fluir através dele.
  19. O senso que o homem tem de si mesmo como sendo um ser á parte a oposto a alguma coisa, o isola. O Universo é uma barra condutora de energia.
  20. O homem pode somente atrair e empregar as forças para as quais ele é realmente apto.
  21. Não há limite para a extensão das relações de cada homem com o Universo em essência; porque tão logo ele se faça uno com qualquer pensamento, os meios de meditação param de existir. Mas seu poder em utilizar esta força é limitado por seu poder mental e capacidade e pelas circunstâncias de seu ambiente.
  22. Cada indivíduo é essencialmente suficiente a si mesmo. Mas ele é insatisfatório a si até que estabeleça uma correta relação com o Universo.
  23. Magick é a Ciência de entender a si mesmo e suas condições. E a Arte de aplicar este entendimento á ação.
  24. Todo homem tem o direito de ser o que é.
  25. Todo homem que pratica Magick, cada vez que age ou pensa, visto que o pensamento é um ato interno cuja influência afeta, embora isto não ocorra no momento.
  26. Todo homem tem o direito, o direito da auto preservação, para satisfazer-se ao extremo.
  27. Todo homem deveria fazer de Magick a chave de sua vida. Deveria aprender suas leis e viver por elas.
  28. Todo homem tem o direito de satisfazer seus desejos sem temer que isto possa inferir com o desejo dos outros; porque se ele estiver em seu caminho, a falha será dos outros caso interfiram com ele. Porém, há um sendo restrito e convencional, no qual a palavra pode ser usada sem deixar muito de lado a posição filosófica acima:

Magick é o estudo e uso daquelas formas de energias que são:

a - mais sutis que os tipos físico e mecânico comuns
b - acessíveis somente aqueles que são (de um modo ou de outro) 'Iniciados'.

Temo que isto possa parecer obscurum per obscuris; mas este é um dos casos - estamos aptos a encontrar vários no decorrer de nossas pesquisas - o qual entendemos bem o bastante para todos os propósitos práticos e o que desejamos, mas que nos fogem com mais e mais freqüência, por mais que lutemos para definir sua importância.

Poderíamos fazer até coisa pior se tentássemos clarear as coisas fazendo listas de fatos históricos, tradições ou experiências e classificando isto como sendo, e aquilo como não sendo, verdadeiramente Magick. Os casos similares poderiam nos confundir e nos deixar perdidos. -- o texto na íntegra pode ser consultado no "Magick Theory and Practice", parte 3

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