Cidade das Pirâmides

Revisão de 09h41min de 29 de fevereiro de 2008 por Frater abo (discussão | contribs)
(dif) ← Edição anterior | Revisão atual (dif) | Versão posterior → (dif)

City of the Pyramids

A Cidade das Pirâmides, dentro do sistema místico de Thelema, é o lar dos adeptos que conseguiram cruzar o grande Abismo, tendo derramado todo seu sangue na Taça ou Graal de Babalon. Ele destruiram suas identidades terrenas, tornando-se nada mais do que um punhado de areia (i.e. os aspectos remanescentes de seus Verdadeiros Eus sem o auto-sentido do "eu") e torna-se impregnado como um Bebê dentro de Babalon. Dentro, eles tomam o nome ou título de Santo ou Nemo (Latim para Não-Homem). No sistema da A.´.A.´. eles são chamados de Mestres do Templo. É um passo no caminho da purificação espiritual e um lugar de descanso para aqueles que tiveram sucesso em abrir mão de suas ligações com o mundano.

Desses adeptos, está escrito no Aethyr 14 do The Vision and the Voice de Aleister Crowley:

Esses adeptos parecem como Pirâmides — seus capuzes e robes são como Pirâmides.
E o Anjo diz: Em verdade, a Pirâmide é o Templo de Iniciação. Em verdade, também é uma tumba (que também é um phallu, que morre para transmitir vida a outros). Pensaste tu que há vida dentro dos Mestres do Templo, que se sentam encapuzados, acampados sobre o Mar? Em verdade, não existe vida neles.
Suas sandálias eram a pura luz e eles as tiraram de seus pés e as lançaram no abismo, pois este Æthyr é o solo sagrado.
Aqui nenhuma forma aparece e a visão de Deus face-a-face, que é transmutada em Athanor chamado dissolução, ou martelada numa forja de meditação, é nesse lugar, nada mais que uma blasfêmia e um escárnio.
E a Visão Beatífica não está mais e a Glória do Altíssimo não está mais. Não existe mais conhecimento. Não existe mais êxtase. Não existe mais poder. Não existe mais beleza. Pois esse é o Palácio da Compreensão, pois tu és uno com as cousas Primevas.

A Cidade existe sob a Noite de Pan (or N.O.X.) dentro da Sephirah de Binah na Árvore da Vida.

No Confessions (p. 620-621), Aleister Crowley descreve sua visão de entrada na Cidade das Pirâmides:

Eu fui imediatamente manchado de escuridão. Meu Anjo sussurrou as palavras secretas por meio onde se partilha os Mistérios dos Mestres do Templo. Agora meus olhos vêem (o que primeiro pareceram formas de pedras) os Mestres, velados em imóvel magestade, envolto em silêncio. Cada um era exatamente como o outro. Então o Anjo lançou-me entendimento aonde minha aspiração conduziu: todos os poderes, todos os êxtases, terminado nisso - eu entendi. Ele então me disse que agora meu nome era Nemo, sentado entre os outras formas silenciosas na Cidade das Pirâmides sob a Noite de Pan; aquelas outras partes de mim que deixei para sempre abaixo do abismo devem servir como um veículo para as energias que foram criadas pelo meu ato. Minha mente e corpo, privado de ego que eles tinham até agora obedecido, estavam agora livres para se manifestar de acordo com suas naturezas no mundo, para devotarem-se a ajudar a humanidade em sua evolução. No meu caso, eu fui lançado na Esfera de Júpiter. Minha parte moral era ajudar a humanidade pelo trabalho Jupiteriano, tal como governo, ensino, criação, exortando os homens a aspirarem se tornarem mais nobres, mais sagrados, mais trabalhadores, mais nobres e mais generosos.

A próxima fase de iniciação — na A.'.A.'. o grau de Magus — é ter o Grande Fogo queimando a poeira de seus corpos em uma Cinza branca.

References

  • Crowley, Aleister. (1998). The Vision & the Voice : the Equinox, IV(2). York Beach, Me. : Samuel Weiser.
  • ___. (1979). The Confessions of Aleister Crowley. London;Boston : Routledge & Kegan Paul.