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'''Choronzon''' (também conhecido como 'Coronzon' ou pelo número '333') é um demônio originado dos escritos do século XVI dos ocultistas [[Edward Kelley]] e [[John Dee]] no sistema de magia [[enoquiano]]. No século XX ele tornou-se um elemento importante no sistema [[thelema|thelêmico]], fundado por [[Aleister Crowley]], onde Choronzon é o habitante do [[Daäth|Abismo]], acreditando-se que seja o último grande obstáculo no caminho do Iniciado. Thelemitas acreditam que caso ele seja encontrado com a preparação necessária, então sua função será a de "destruir" o [[Ego]], o que permite ao adepto mover-se além do Abismo chegando à [[Cidade das Pirâmides]].
'''Choronzon''' (também conhecido como 'Coronzon' ou pelo número '333') é um demônio originado dos escritos do século XVI dos ocultistas [[Edward Kelley]] e [[John Dee]] no sistema de magia [[enoquiano]]. No século XX ele tornou-se um elemento importante no sistema [[thelema|thelêmico]], fundado por [[Aleister Crowley]], onde Choronzon é o habitante do [[Daäth|Abismo]], acreditando-se que seja o último grande obstáculo no caminho do Iniciado. Thelemitas acreditam que caso ele seja encontrado com a preparação necessária, então sua função será a de "destruir" o [[Ego]], o que permite ao adepto mover-se além do Abismo chegando à [[Cidade das Pirâmides]].
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==Variações no nome==
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O relato descreve o demônio jogando areia sobre o triângulo de modo que o quebrasse, em seguida atacando Neuburg 'na forma de um selvagem nu', fazendo com que Choronzon voltasse com a ponta de uma adaga. A descrição de Crowley do evento foi criticada como sendo inconfiável, já que as páginas originais impotantes estão arrancadas do caderno no qual isso foi escrito.  Isso, juntamente com outras inconsistências no manuscrito, levou a expeculação de que o evento foi muito floreado de modo que suportasse o próprio sistema de crença de Crowley. Além disso, de acordo com o livro ''The Magic of my Youth'' de Arthur Calder-Marshall, Neuburg deu um relato completamente diferente do evento, afirmando que ele e Crowley evocaram o espírito de um operário egípcio.
O relato descreve o demônio jogando areia sobre o triângulo de modo que o quebrasse, em seguida atacando Neuburg 'na forma de um selvagem nu', fazendo com que Choronzon voltasse com a ponta de uma adaga. A descrição de Crowley do evento foi criticada como sendo inconfiável, já que as páginas originais impotantes estão arrancadas do caderno no qual isso foi escrito.  Isso, juntamente com outras inconsistências no manuscrito, levou a expeculação de que o evento foi muito floreado de modo que suportasse o próprio sistema de crença de Crowley. Além disso, de acordo com o livro ''The Magic of my Youth'' de Arthur Calder-Marshall, Neuburg deu um relato completamente diferente do evento, afirmando que ele e Crowley evocaram o espírito de um operário egípcio.


Choronzon is deemed to be held in check pelo poder da deusa [[Babalon]], habitante de  [[Binah]], a terceira [[Sephirot|Sephirah]] da [[Árvore a Vida]]. Tanto Choronzon quanto o Abismo são discutidos por Crowley em seu ''Confessions'' (cap. 66):
Acredita-se que Choronzon é contido em restrição pelo poder da deusa [[Babalon]], habitante de  [[Binah]], a terceira [[Sephirot|Sephirah]] da [[Árvore a Vida]]. Tanto Choronzon quanto o Abismo são discutidos por Crowley em seu ''Confessions'' (cap. 66):


:"The name of the Dweller in the Abyss is Choronzon, but he is not really an individual. The Abyss is empty of being; it is filled with all possible forms, each equally inane, each therefore evil in the only true sense of the word—that is, meaningless but malignant, in so far as it craves to become real. These forms swirl senselessly into haphazard heaps like dust devils, and each such chance aggregation asserts itself to be an individual and shrieks, "I am I!" though aware all the time that its elements have no true bond; so that the slightest disturbance dissipates the delusion just as a horseman, meeting a dust devil, brings it in showers of sand to the earth."
:"O nome do Habitante no Abismo é Choronzon, mas ele não é realmente um indivíduo. O Abismo é vazio de forma; é repleto de todas as formas possíveis , cada uma igualmente vazia, cada uma deste modo maligna no único sentido da palavra - que é, sem significado mas perverso, na medida em que almeja se tornar real. Estas formas rodopiam sem sentido em acúmulos ocasionais como demônios de poeira, e em cada chance de agregação afirma ser um indivíduo e grita: "eu sou eu!" embora esteja ciente o tempo todo de que seus elementos não possuem um vínculo verdadeiro; de tal forma que  a menor perturbação dissipa a ilusão assim como um cavaleiro, encontrando um demônio de poeira, faz dele uma chuva de areia caindo na terra."


==Referências==
==Referências==

Edição atual tal como às 07h58min de 25 de janeiro de 2024

Choronzon (também conhecido como 'Coronzon' ou pelo número '333') é um demônio originado dos escritos do século XVI dos ocultistas Edward Kelley e John Dee no sistema de magia enoquiano. No século XX ele tornou-se um elemento importante no sistema thelêmico, fundado por Aleister Crowley, onde Choronzon é o habitante do Abismo, acreditando-se que seja o último grande obstáculo no caminho do Iniciado. Thelemitas acreditam que caso ele seja encontrado com a preparação necessária, então sua função será a de "destruir" o Ego, o que permite ao adepto mover-se além do Abismo chegando à Cidade das Pirâmides.

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Variações no nome

Incluindo a forma a qual Crowley escreve, parecem haver três alternativas. Meric Casaubon afirma que o nome é Coronzon (sem o 'h') em seu ‘True and Faithful Relation…’. No entanto, essa é uma variação da palavra escrita nos próprios diários de Dr. John Dee. Uma terceira maneira de se escrever, Coronzom, é listada no dicionário de enoquiano de Laycock, citando um manuscrito original (Cotton XLVI Pt. I, fol. 91a) como sendo a fonte da variante.

Choronzon de acordo com Crowley

Conhecido também como o Demônio da Dispersão, Choronzon é descrito por Crowley como uma personificação temporária das forças delirantes e inconsistentes que ocupam o Abismo. Neste sistema, é dada forma a Choronzon em evocação apenas de modo que ele possa ser dominado.

Crowley afirma que ele e Victor Benjamin Neuburg evocaram Choronzon no deserto do Saara. No relato de Crowley, não está claro se Choronzon foi evocado em um triângulo salomônico vazio enquanto Crowley sentava em outro lugar, ou se o próprio Crowley foi o meio no qual o demônio foi evocado. Quase todos os escritores com exceção de Lawrence Sutin interpretam a passagem como tendo sido a segunda opção. No relato, Choronzon é descrito como uma forma mutante, que é tida variavelmente como um relato de uma metamorfose real, uma impressão subjetiva de Neuburg, ou uma invenção da parte de Crowley.

O relato descreve o demônio jogando areia sobre o triângulo de modo que o quebrasse, em seguida atacando Neuburg 'na forma de um selvagem nu', fazendo com que Choronzon voltasse com a ponta de uma adaga. A descrição de Crowley do evento foi criticada como sendo inconfiável, já que as páginas originais impotantes estão arrancadas do caderno no qual isso foi escrito. Isso, juntamente com outras inconsistências no manuscrito, levou a expeculação de que o evento foi muito floreado de modo que suportasse o próprio sistema de crença de Crowley. Além disso, de acordo com o livro The Magic of my Youth de Arthur Calder-Marshall, Neuburg deu um relato completamente diferente do evento, afirmando que ele e Crowley evocaram o espírito de um operário egípcio.

Acredita-se que Choronzon é contido em restrição pelo poder da deusa Babalon, habitante de Binah, a terceira Sephirah da Árvore a Vida. Tanto Choronzon quanto o Abismo são discutidos por Crowley em seu Confessions (cap. 66):

"O nome do Habitante no Abismo é Choronzon, mas ele não é realmente um indivíduo. O Abismo é vazio de forma; é repleto de todas as formas possíveis , cada uma igualmente vazia, cada uma deste modo maligna no único sentido da palavra - que é, sem significado mas perverso, na medida em que almeja se tornar real. Estas formas rodopiam sem sentido em acúmulos ocasionais como demônios de poeira, e em cada chance de agregação afirma ser um indivíduo e grita: "eu sou eu!" embora esteja ciente o tempo todo de que seus elementos não possuem um vínculo verdadeiro; de tal forma que a menor perturbação dissipa a ilusão assim como um cavaleiro, encontrando um demônio de poeira, faz dele uma chuva de areia caindo na terra."

Referências