Acredita-se que os Chefes Secretos são autoridades cósmicas transcendentes responsáveis responsáveis pelo operação e regulagem moral do cosmos ou pela supervisão de operações de uma organização esotérica que manifesta-se exteriormente na forma de uma ordem mágica ou sistema de loja. Seus nomes e descrições vairiaram com o tempo, dependente daqueles que refletem suas experiências de contato com eles.

Uma das primeiras e influentes fontes sobre essas augustas entidades é Karl von Eckartshausen cujo livro "A Núvem Sobre o Santuário", publicado em 1795, explicou em algum detalhe seus caráteres e motivações. Vários ocultistas declaram pertencer ou ter contatado esses Chefes Secretos e fizeram essa comunicação conhecida a outros, incluindo H.P. Blavatsky (que os chamou de "Mestres Tibetanos"), Dion Fortune (que os chamou de "ordem esotérica"), Max Heindel (que os chamou de "Irmãos Maiores")

Na Astrum Argentum

Chefes Secretos (ocasionalmente "Chefes Secretos da A.'.A.'.") é o termo que Aleister Crowley usou para denominar essas entidades sobrenaturais (praeter-humanas) que conduzem o progresso da humanidade para fins que geralmente estão além da compreensão do homem mortal. Os Chefes Secretos estão pelo menos no grau de Magus e Magister Templi, e podem estar, ou não, na forma humana dependendo de suas próprias necessidades no momento, e são completamente desconhecidos ao restante da humanidade exceto em raras ocasiões em que estes verificam que faz parte do seu plano se revelar a uma pessoa.

Crowley declarou acreditar que as entidades Aiwass, quem lhe ditou o Livro da Lei, Ab-ul-Diz e Amalantrah que ele se comunicou em outros trabalhos, eram todos "Chefes Secretos". No Magick Without Tears também disse suspeitar que um homem de seu conhecimento (o qual ele não conta) também era um Chefe Secreto.

Os Chefes Secretos são dotados de imensos poderes, chamados "Vibrações Ofidianas" (Ophidian Vibrations) que os possibilitam "insinuarem [a si mesmos] em quaisquer circunstâncias desejadas." (Magick Without Tears, 9:92) Estes poderes permitem aos Chefes Secretos "induzir uma garota a bordar uma tapete, ou iniciar um movimento político para culminar em uma guerra mundial; tudo em busca de algum plano sagrado além da competência ou da compreensão dos pensadores mais profundos e sutis." (Magick Without Tears, 9:92-93)

A discussão inicial dos Chefes Secretos está no Magick Without Tears, capítulo 9, embora o termo apareça em muitas escrituras de Crowley. Nas suas "Confissões", Crowley freqüentemente examinou acontecimentos de sua própria vida em termos dos quais ele supôs terem sido planos dos Chefes Secretos.

Precedentes Históricos

A fonte inicial de Crowley para a idéia dos Chefe Secretos veio da Hermetic Order of the Golden Dawn cuja operação era justificada por referência a estes. No entanto, o ocultismo do século XIX era cheio desses tipos de "mestres secretos".

A Hermetic Brotherhood of Luxor refere-se a um "Círculo Interno" de mestres eruditos que podiam ser contatados através da clarividência. Os Mahatmas (literalmente, "Grandes almas") da Sociedade Teosófica foram um outro caso importante. Os "Mestres Revelados" de Johnson explora a possibilidade de que, ao invés de guias do outro mundo ou fontes fictícias de legitimidade, os Mahatmas Teosóficos eram pessoas históricas com quem Blavatsky se associava.

Possivelmente o exemplo mais antigo do conceito de Chefes Secretos é encontrado nos "Superiores Desconhecidos" (Superiores Incognitii) do Rito da Estrita Observância, um corpo Maçônico Templário fundado pelo Baron von Hund no meio do século XVIII. Alguns escritores (Kenneth MacKenzie, por exemplo) acreditava que os "Superiores" de Hund eram os Jesuítas. Ao mesmo tempo, entretanto, a Ordem Alemã Gold-und Rosenkreuz também se referira ao seus próprios Chefes Secretos misteriosos (Unbekannte Oberen).

Fontes

  • Crowley, Aleister. (1991). Magick Without Tears. Israel Regardie, ed. New Falcon Publications.
  • Crowley, Aleister. (1989). The Confessions of Aleister Crowley: An Autohagiography. Edited by John Symonds and Kenneth Grant. London: Arkana.
  • Godwin, Joscelyn, Christian Chanel, John P. Deveney. (1995). The Hermetic Brotherhood of Luxor: Initiatic and Historical Documents of an Order of Practical Occultism. York Beach: Weiser.
  • Johnston, K. Paul. (1994). The Masters Revealed: Madame Blavatsky and the Myth of the Great White Lodge. Albany: SUNY Press.
  • MacKenzie, Kenneth. (1877). The Royal Masonic Cyclopaedia. (reprint) Kila: Kessinger.
  • McIntosh, Christopher. (1997). The Rosicrucians: The History, Mythology, andn Rituals of an Esoteric Order. (3rd revised edition). York Beach: Weiser.