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O estudante deve ter esses símbolos gravados na cabeça e transcender suas incompatibilidades, não rompendo os limites característicos das mesmas, mas compreendendo que cada uma representa uma manifestação fenomenal do supremo princípio que chamamos Nuit, Teh, Shakti, He, Isis, eletricidade de polaridade positiva, o espaço infinito, possibilidades, etc, em conjunção com um grupo particular de circunstâncias".</i>
O estudante deve ter esses símbolos gravados na cabeça e transcender suas incompatibilidades, não rompendo os limites característicos das mesmas, mas compreendendo que cada uma representa uma manifestação fenomenal do supremo princípio que chamamos Nuit, Teh, Shakti, He, Isis, eletricidade de polaridade positiva, o espaço infinito, possibilidades, etc, em conjunção com um grupo particular de circunstâncias".</i>
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Edição das 12h01min de 20 de setembro de 2006

A Mulher Escarlate, a Grande Puta, derivada do Apocalipse de São João, a grafia diferente (da original Babylon/Babilônia a Grande, Mãe das Abominações) provém da experiência de Frater V.V.V.V.V. na Visão e a Voz, 10º Æthyr. Curiosamente "babalon" em enoquiano significa "perversa" e "prostituta" é "babalond".

Basicamente, representa um conceito feminino: o conceito da liberdade sexual e de ação e poder da mulher, oprimida no Æon de Osíris e soberana no de Ísis. A característica de liberdade não é feminista, e sim de igualdade ao homem. O Novo Æon veio para iguala-los e não provar a superioridade de um em relação ao outro, como nos outros períodos. "Todo homem e toda mulher é uma estrela".

Essa relação da mulher e sexo, é melhor explicada em "Comentários de Al", por Aleister Crowley e editado no Brasil por Marcelo Motta:

"Leis contra o adultério são baseadas sobre a idéia de que a mulher é uma propriedade, de forma que copular com uma mulher casada é privar o marido dos serviços dela. É a mais franca e mais crassa asserção do estado de escravidão. Para nós toda mulher é uma estrela. Ela tem, portanto, o direito absoluto de viajar em sua própria órbita. Não há motivo por que ela não deva ser dona de casa ideal, se por chance está for a vontade dela. Mas a sociedade não tem direito algum de insistir em estabelecer isso como padrão.

Deve ser bem notado que as Grandes Mulheres da História tem sido completamente livres em sua vida amorosa. Safo, Semíramis, Messalina, Cleópatra, Tai chi, Parsifa, Clitemnestra, Helena de Tróia, e em termos mais recentes Joanna D`arc ( de acordo com Shakespeare), Catarina a Grande da Rússia, Rainha Elisabeth I da Inglaterra, Georges Sand. Contra estas podemos colocar Emily Bronte, cuja supressão sexual era devida a seu meio e assim explodiu na incrível violência de sua arte, além das mais místicas religiosas regulares, Santa Tereza e assim por diante, os fatos de cuja vida sexual foram cuidadosamente camuflados paar servir aos interesses dos deuses - escravos. Mas apesar disto, a vida sexual delas era intensa, pois os escritos dessas mulheres estão sobrecarregados de expressões sexuais apaixonadas e pervertidas, mesmo ao ponto de morbidez e alucinação.

Sexo é a principal expressão da natureza de uma pessoa; grandes Naturezas são sexualmente fortes; e a saúde de qualquer pessoa dependerá da liberdade daquela função."

(...) Babalon em grego é 'Mapie', Maria. Mas ela não é só a Virgem Imaculada, a Mulher Vestida com o Sol; também é a Grande Prostituta, a mulher que se embriaga com o sangue dos santos. Ela a natureza, eternamente inviolada, a Isis Velada; e ela é a Natureza, freneticamente copulando com todas as suas criaturas, desavrgonhada e abertamente. Se uma concepção não estiver unida a outra, o homem não compreenderá jamais a natureza de uma mulher. A mulher, por mais ordinária que seja, sempre é virgem para o seu amor até que ele a possui - então ela se torna esposa, amante e talvez mãe; mas quando este amor acabar e outro vier - ela será virgem para o outro novamente. Esta virgindade é íntima - não dependendo de um pedaço de pele. Há mulheres de cabaço que são mais impuras - no sentido de uma falsa castidade - que qualquer prostituta que ganhe honestamente sua vida procurando dar satisfação conscienciosa aos homens que a pagam."

A relação da mulher nunca fora bem explicada em Thelema, uma vez que o próprio Crowley ainda guardava ecos de preconceitos contra elas, uma vez que as próprias mulheres em sua época, não demonstravam sinais de mudança tão intensos quanto hoje, somado a séculos de supressão causada pela sociedade machista, e infelizmente por elas mesmas. Outro trecho do mesmo livro acima, esclarece melhor esse conceito:

" 'Maria inviolada' tem que ser despedaçda sobre rodas, porque despedaça-la é o único tratamento que ela merece; e Rv, uma Roda, é o nome do princípio feminino( veja Liber D) Serão mulheres mesmas que destruirão essa egrégora; desde que foi o próprio falso senso de culpa dos homens, o egoísmo deles, e a covardia deles, que originalmente forçaram a mulher a se blasfemar a si mesma, e assim degradaram nos próprios olhos , e nos deles.

Porque os homens insistem em 'inocência' nas mulheres?

1 - para lisonjear sua vaidade doentia; uma mulher capaz de conpará-los com outros amantes passados ou presentes os amendontra.

2 - (a) para escaparem de doenças venéreas (nota de Motta: este motivo não mais existe, mas contribuiu à formação do hábito).

(b) para assegurarem, na medida do possível, que a cria da mulher vai propagar sua 'nobres'pessoas.

3 - para manter poder sobre suas escravas graças a ignorância delas.

4 - para mante-las dóceis no lar quanto mais tempo puderem, prolongando a corrupção da inocência delas. Uma mulher sexualmente satisfeita, porém, é o melhor auxiliar que um homen pode pedir; enquanto uma mulher desapontada ou insatisfeita é um eczema psíquico.

5 - em comunidades primitivas, para assegurarem contra surpresa ou traição por parte de inimigos.

6 - para disfarçarem a própria vergonha deles no assunto do sexo; vergonha que é fruto do complexo de Édipo e da má educação religiosa.

Nós de Thelema dizemos que 'Todo o homem e toda mulher é uma estrela'. Nós não enganamos ou lisonjeamos as mulheres; nós não as desprezamos nem as abusamos. Para nós uma mulher é Ela mesma, absoluta, original, independente, livre, auto-justificada, exatamente como um homem é.

(...) Nós chamamos a mulher de Puta? Sim, em Verdade e amén, ela é isso: o ar treme e queima quando nós gritamos, exultantes e árduos.

Ó vós hipócritas! Não foi este o vosso sorrisinho de esguelha, vosso vil cochicho, que a escarneia e a ultrajava? Não era 'Puta' a verdade 'dela', o título de terror que vós lhes destes em vosso medo dela, covardes conslando covardes com furtivas olhadelas e gestos?

Mas nós não tememos; nós gritamos Puta, quando os exércitos dela se aproximam de nós. Nós batemos em nossos escudos com nossas espadas. A terra ecoa o clamor!

Há dúvida da Vitória? Vossas hordas de escravos encolhidos ( com medo de si mesmos, com medo de seus póprios escravos, hostis, desprezados e desacreditados, vossos passos de avestruz, ir a luta, não fugireis de debanda à vossa primeira investida quando com lanças de ardor em riste nós cavalgamos à carga, como nossas aliadas , as Putas que nós amamos e aclamamos, livres amigas a nosso lado na Batalha da Vida?

(...) Tudo isto deve seguir como a luz segue a noite, tão cedo a Mulher, leal para consigo mesma, perceba que ela não mais pode ser falsa com qualquer homem. Ela deve se honrar à sua Vontade; e Ela deve compelir o mundo a honrá-la igualmente."

É interessante notar, que isso foi ecrito por um homem tido como machista pela maioria, no início do século, antes da falada emancipação feminina no ocidente. Porém, a sua relação com as mulheres, a começar pela mãe, sempre foi conturbada: a maioria dos seus casos amorosos ou enlouqueceu o morreu pobre. Talvez a sua real parceira espiritual tenha sido Frieda Harris, com a qual fez um dos seus mais magnificos "filhos": o Livro de Thoth.

Jack Parsons, um magista e grande cientista, recebeu o Livro de Babalon ( Liber 49) e diz ter conseguido invoca-la, cedendo as suas carências.

Morreu logo depois em uma explosão em seu laboratório.

O Selo da A.·.A.·. é o Selo de Babalon:

"Este foi um nome que ela escolheu enquanto meio ébria, como um plágio da lenda teosófica, mas contendo muitas das nossas letras-números-chaves dos Mistérios; também, o número de pétalas do mais sagrado lótus. Sua soma é 1001, que é também Sete vezes Onze vezes Treze, uma série de fatores que pode ser lida como: o Amor da Mulher Escarlate pela Magia produz Unidade, em hebraico Achad. Pois 7 é o número de Vênus, e o Nome secreto de sete letras de minha concubina BABALON é escrito com Sete Setes, assim:

77 + 7 +7/7 + 77 = 156, o número de BABALON."

Equinócio dos Deuses


Este número equivale a Zion, a Montanha Sagrada e a Cidade das Pirâmides. Observando-se o sistema Enoquiano de John Dee, veremos que cada tabela de anjos, contém 156 pirâmides.

Para outras informações ver anima, cartas XI e II , os trabalhos de Soror Nema, Liber 333 , cap.49, e os comentários de Crowley sobre o Livro da Lei.


Trecho extraído do 777


" O caso de Vênus é um excelente exemplo (nota: o símbolo de Vênus é o único símbolo planetário que representa todas as dez sephiroth). Vênus é astrologicamente usada como um termo sintético dos aspectos femininos da Divindade. Possui muitas representações: Vesta, Ceres, CIbele, Ísis, etc. A principal distinçaõ a ser feita é relativa a Lua; e o mais difícil nisso tudo, é que os símbolos sempre se sobrepõe. É através da harmonização e transcendência de tais barreiras que o estudante alcança a concepção metafísica do que é perfeitamente positivo e lúcido por um lado e por outro liberto das Leis da Contradição. Lua = Gimel = 3. Trivia é um dos nomes de Diana.

A vida da mulher é dividida em três fases: antes, durante e depois do período da menstruação. (1) a Virgem, (2) a Esposa e Mãe, (3) a Bruxa. Na (3) a mulher não pode mais realizar a sua função natural, tornando-se então a maldade do desespero. Daí a associação com Bruxa ou Feiticeira. (1) é representada por Diana, a caçadora virgem (lendas de Atalanta, Pan, Actaeon, Endymion, Persephone, etc) Hebe, Pallas Atena, Pythia e Sybils, etc. A função da virgem é inspiradora. (2) é relacionada com Vênus, Ceres, Cibele, Kwannon, Sekhet, Hathor, Kali, Aphrodite, Astarte, Ashtoreth, Artemis do Ephesians e muitas outras deidades femininas. (3) é um símbolo maligno. Hecate e Nahema são as principais representantes do conceito.

Perceba que existem certos demônios da natureza de Venus Aversa, símbolo do mal nascido da distorsão ou supressão deste princípio. São eles Echidna, Lilith, a enfurecida Afrodite de Hipólito, a Vênus de Hörsel em Tannhäuser, Melusina, Lamia, alguns aspectos de Kali, Kundry, o lado malicioso da Rainha Mab e a natureza geral da Fada.

O estudante deve ter esses símbolos gravados na cabeça e transcender suas incompatibilidades, não rompendo os limites característicos das mesmas, mas compreendendo que cada uma representa uma manifestação fenomenal do supremo princípio que chamamos Nuit, Teh, Shakti, He, Isis, eletricidade de polaridade positiva, o espaço infinito, possibilidades, etc, em conjunção com um grupo particular de circunstâncias".