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A '''Noite de Pan''', ou '''N.O.X.''', é um estado místico que representa o estágio da "aniquilação do ego" no processo de consecução espiritual. O alegre e luxurioso [[Pan]] é o deus grego da natureza, luxúria, e poder gerador masculino. A palavra grega ''Pan'' também pode ser traduzida como ''Tudo'', e desta forma é "um símbolo do Universal, uma personificação da Natureza; Pangenetor,  "progenitor de tudo", e Panphage, "devorador de tudo" (Sabazius, 1995). Deste modo, Pan é tanto o doador como o tomador da vida, e sua Noite é aquela hora da morte simbólica onde o adepto experiencia a unificação com o Tudo através da destruição arrebatadora de seu próprio ego. Num sentido mais geral, é o estado onde ele transcende todas as limitações e experiencia a união com o universo.
 
A '''Noite de Pan''', ou '''N.O.X.''', é um estado místico que representa o estágio da "aniquilação do ego" no processo de consecução espiritual. The playful and lecherous [[Pan]] é o deus grego da natureza, luxúria, e poder gerador masculino. A palavra grega ''Pan'' também pode ser traduzida como ''Tudo'', e desta forma é “a symbol of the Universal, a personification of Nature; both Pangenetor,  "all-begetter," and Panphage, "all-devourer" (Sabazius, 1995). Therefore, Pan is both the giver and the taker of life, and his Night is that time of symbolic death where the adept experiences unification with the All through the ecstatic destruction of the ego-self. In a more general sense, it is the state where one transcends all limitations and experiences oneness with the universe.


==Cidade das Pirâmides==
==Cidade das Pirâmides==
 
No sistema de consecução da [[A.'.A.'.]], após o Adepto ter atingido o Conhecimento e Conversação com seu [[Sagrado Anjo Guardião]], ele deve então atravessar o grande [[Daath|Abismo]], onde encara [[Choronzon]], que irá tentá-lo a manter-se sob seu eu subjetivo e tornar-se aprisionado em seu mundo de ilusão. Para escapar do Abismo, o adepto abre mão de seu senso mais profundo de identidade terrena, no gesto simbólico de derramar seu sangue na Taça de [[Babalon]]. O adepto então torna-se um Bebê no Útero de Babalon impregnado por Pan e seu eu sem vida torna-se como uma pilha de pó, descansando na [[Cidade das Pirâmides]], que repousa sob a Noite de Pan. Essa é a razão para que fosse chamada de Noite - ela representa o Útero sem luz, e também o tempo antes do amanhecer do novo Sol (ou particularmente, o novo Eu). O adepto então aguarda em seu estado sublime até que esteja pronto para o próximo passo, e tornar-se "nascido" novamente da Grande Mãe Babalon, fecundada por Pan.
No sistema de consecução da [[A.'.A.'.]], após o Adepto ter atingido o Conhecimento e Conversação com seu [[Sagrado Anjo Guardião]], ele deve então atravessar o grande [[Daath|Abismo]], where she meets [[Choronzon]], who will tempt her to hold onto her subjective self and become trapped in his realm of illusion. To escape the Abyss, the adept gives up her deepest sense of earthly identity, in the symbolic gesture of pouring out her blood into the Cup of [[Babalon]]. The adept then becomes as a Babe in the Womb of Babalon—impregnated by Pan—and her lifeless Self becomes as a pile of dust, taking rest in the [[City of the Pyramids]], which lies under the Night of Pan. This is why it is called Night—it represents the lightless Womb, and also the time before the dawning of the new Sun (or rather, the new Self). She then waits in this sublime state until she is ready to be move on to the next stage, and become “born” again from the Great Mother of Babalon, begotten by Pan.


==Nos escritos de Crowley==
==Nos escritos de Crowley==

Edição atual tal como às 15h14min de 29 de fevereiro de 2008

A Noite de Pan, ou N.O.X., é um estado místico que representa o estágio da "aniquilação do ego" no processo de consecução espiritual. O alegre e luxurioso Pan é o deus grego da natureza, luxúria, e poder gerador masculino. A palavra grega Pan também pode ser traduzida como Tudo, e desta forma é "um símbolo do Universal, uma personificação da Natureza; Pangenetor, "progenitor de tudo", e Panphage, "devorador de tudo" (Sabazius, 1995). Deste modo, Pan é tanto o doador como o tomador da vida, e sua Noite é aquela hora da morte simbólica onde o adepto experiencia a unificação com o Tudo através da destruição arrebatadora de seu próprio ego. Num sentido mais geral, é o estado onde ele transcende todas as limitações e experiencia a união com o universo.

Cidade das Pirâmides

No sistema de consecução da A.'.A.'., após o Adepto ter atingido o Conhecimento e Conversação com seu Sagrado Anjo Guardião, ele deve então atravessar o grande Abismo, onde encara Choronzon, que irá tentá-lo a manter-se sob seu eu subjetivo e tornar-se aprisionado em seu mundo de ilusão. Para escapar do Abismo, o adepto abre mão de seu senso mais profundo de identidade terrena, no gesto simbólico de derramar seu sangue na Taça de Babalon. O adepto então torna-se um Bebê no Útero de Babalon impregnado por Pan e seu eu sem vida torna-se como uma pilha de pó, descansando na Cidade das Pirâmides, que repousa sob a Noite de Pan. Essa é a razão para que fosse chamada de Noite - ela representa o Útero sem luz, e também o tempo antes do amanhecer do novo Sol (ou particularmente, o novo Eu). O adepto então aguarda em seu estado sublime até que esteja pronto para o próximo passo, e tornar-se "nascido" novamente da Grande Mãe Babalon, fecundada por Pan.

Nos escritos de Crowley

Aleister Crowley identifica esse processo como de Amor. Ele explica nos Pequenos Ensaios em Direção à Verdade:

As operações realmente mágicas de Amor, são, portanto, os Transes, mais especialmente os de Entendimento; como terá sido bem percebido por esses que fizeram um cuidadoso estudo cabalístico da natureza de Binah. Pois Ela é uniforme como o Amor e como a Morte, o Grande Mar de onde toda Vida surge, e cujo útero negro tudo reabsorve. Ela resume, assim, em si mesma, o duplo processo da Fórmula de Amor sob Vontade; pois não é Pan o Todo-Criador no coração das Maravilhas à Noite, e não é "cabelo das árvores da Eternidade" d'Ela os filamentos de Divindade-que-Tudo-Devora "sob a Noite de Pã"?

É também descrito no texto místico Liber VII:

Ascende na flama da pira, Ó minha alma! Teu Deus é como o frio vazio do mais extremo céu, no qual tu irradias tua pequena luz.
Quando Tu me conheceres, Ó Deus vazio, minha chama expirará completamente em Teu grande N.O.X.
—Liber Liberi vel Lapdis Lazuli, II:39-40


Finalmente, Crowley escreve da Noite de Pan no seu Livros das Mentiras, no capítulo "Sabbath do Bode":

O! o coração de N.O.X., a Noite de Pan
PAN: Dualidade: Energia: Morte.
Morte: Geração: os mantenedores de O!
Gerar é morrer; morrer é gerar.
Lança a Semente no Campo da Noite.
Vida e Morte são dois nomes de A.
Mata a ti mesmo.
Nada disto basta por si só.

Em seu comentátio sobre isse escrito, Crowley explica:

É explicado que esta tríade vive na Noite, a Noite de Pan, a qual é misticamente chamada N.O.X., e este O é identificado com o O nesta palavra. N é o símbolo da Morte no Tarô; e o X, ou Cruz, é o signo do Phallus. NOX soma 210, que simboliza a redução da dualidade à unidade e, portanto, à negatividade; conseqüentemente é um hieróglifo da Grande Obra.
A palavra Pan é então explicada, {Pi}, a letra de Marte, é um hieróglifo de dois pilares, e portanto sugere dualidade; A, por seu formato, é o pentagrama, energia; e N, pela sua atribuição com o Tarô, é morte. NOX é mais bem explicada posteriormente, e é mostrado que a Trindade final, O!, é mantida ou alimentada pelo processo de morte e geração, os quais são as leis do universo... Isto então é assegurado que a letra A final tem dois nomes ou fases, Vida e Morte.

Referências

  • Thelemapedia - Retirado em 14/09/2007 e.v.
  • Sabazius. (1995). Pan. Retrieved on Sept. 27, 2004.
  • Crowley, Aleister. (1979). The Confessions of Aleister Crowley. London;Boston : Routledge & Kegan Paul.
  • ___. (1998). The Vision & the Voice : the Equinox, IV(2). York Beach, Me. : Samuel Weiser.
  • ___. (1995). The Book of Lies. York Beach, Me. : S. Weiser.