Sem resumo de edição
m (Aethyr 29 foi movido para RII)
(Sem diferença)

Edição das 13h44min de 22 de fevereiro de 2008

Este artigo é parte integrante da série A Visão e a Voz - Liber 418

Liber 418: A Visão e a Voz, é considerado por Aleister Crowley como o segundo livro em importância, perdendo apenas para Liber AL vel Legis Para obtê-lo, Aleister Crowley e seu discípulo, o poeta inglês Victor Benjamin Neuburg, viajaram as terras áridas da Argélia e ali realizaram invocações específicas valendo-se do sistema enoquiano de John Dee e Edward Kelley.


RII é o 29º Æthyr invocado no Liber 418. Refere-se ao destroçar do Æon de Osíris.

Aethyr 29.gif

A invocação do 29º Æthyr chamado RII

O céu aparece abarrotado de estrelas douradas; o fundo é verde. Porém, a impressão é de escuridão.

Um imenso anjo-águia está diante de mim.

Suas asas parecem esconder todo o Céu.

Bradando alto disse: A Voz do Senhor sobre as Águas: o Terror de Deus sobre a Humanidade. A voz do Senhor fez os céus estremecerem: As Estrelas estão inquietas: os Ares caem. A primeira Voz em seguida: Maldita, maldita seja a terra, pois sua perversidade é grande. Ó Senhor! Deixai Vossa Misericórdia perder-se em grande Profundidade! Abra vossos olhos de Chamas e Luz, Ó Deus, sobre o perverso! Brilhai vossos Olhos! Ó, Clamor de Vossa Voz deixai que esmague as montanhas!

Não permita que vejamos isso! Cubra nossos olhos para que não vejamos o Fim do Homem.

Faça surdos nossos ouvidos para que não ouçamos o grito da Mulher.

Não deixai ninguém falar sobre isso: Nem escrever sobre isso: Eu, Eu estou perturbado, meus olhos estão úmidos de orvalhos de terror: com certeza a amargura da Morte é passada.

Então eu me virei para o Sul e vi! Um grande leão tão ferido quanto perplexo.

Ele bradou: Eu conquistei! Deixai que os Filhos da Terra conservem o silêncio para que meu Nome se torne Como o da Morte!

Quando o homem aprenderá os Mistérios da Criação?

Quanto mais dessa dissolução (e a Angústia de Fogo)?

Eu me virei para o Oeste e havia um grande Touro; Branco com chifres nas cores Branca, Preta e Dourada. Sua boca era escarlate e seus olhos como pedras de safira. Com uma grande espada ele escora os pedaços do céu e, entre os brilhos prateados do aço, surgem relâmpagos e profundas nuvens índigo.

Ele disse: Está terminado! Minha mãe desvelou-se!

Minha irmã se auto-violou! A vida das cousas revelou seus Mistérios.

O trabalho da Lua foi concluído! O Movimento cessou para sempre!

Presas estão as asas da águia: porém meus ombros não perderam a força.

Eu ouvi uma Grande Voz vinda do alto bradando: Tu mentiste! Pois o Volúvel na verdade estabeleceu-se; no entanto ele se elevou acima de sua visão. O Mundo está deserto: porém as Moradas da Casa do meu Pai estão povoadas; e Seu Trono está incrustado em Resplandecentes Estrelas brancas, um esplendor de gemas brilhantes.

Ao Norte, um Homem sobre um Grande Cavalo portando uma Chibata e Balança em sua mão (ou uma longa lança brilhante em suas costas ou em sua mão). Ele está vestido em negro veludo e sua face é severa e terrível.

Ele falou: Eu julguei! É o fim: o portal do princípio. Olhai para baixo e tu verás um novo mundo!

Eu olhei e vi um grande abismo e uma chaminé negra de águas rodopiantes ou ares firmes, onde existem cidades e monstros e árvores e átomos e montanhas e pequenas chamas (almas de indivíduos) e toda a matéria de um universo.

E todos foram sugados, um por um, como a providência assim ordenou. Pois abaixo está um globo brilhante repleto de jóias douradas e azuis celeste colocados em um Mundo de Estrelas.

E então, do Abismo, uma Voz saiu: "Tu vistes o Curso do Destino? Poderia tu alterar um átomo nesse caminho? Eu sou o Destino. Tu pensaste que poderia me controlar? Pois quem pode mover o meu caminho?"

E então lá dentro caiu um trovão: uma catástrofe de explosão: e tudo se despedaçou. E eu vi acima de mim um Vasto Braço entendendo-se para baixo, negro e terrível, e uma voz gritou: EU SOU ETERNIDADE.

E uma grande combinação de coisas despertou gritando: "Não! não! não! Tudo está mudado; tudo está confuso; a desobediência foi ordenada: o branco está manchado de sangue: negro é o beijo do Cristo! Voltai! Voltai! É um novo caos que tu encontraste aqui: caos para você, para nós é o esqueleto de uma Nova Verdade!"

Eu disse: Conte-me esta verdade: Pois eu o invoquei pelos Poderosos Nomes de Deus contra os quais tu não podes fazer nada, senão obedecer.

A voz disse: A Luz é consumida como uma criança no Ventre de sua Mãe para desenvolver-se novamente. Porém a dor e o pesar infinitos e as trevas são invocados. Pois esta criança cresceu junto de sua mãe e crucificou-se dentro de seu peito. Ele estendeu seus braços em direção aos da sua mãe e a Luz tornou-se quíntupla.

Lux in Luce

Christus in Cruce

Tarô e Mezla.

Deo Duce

Sempiterno.

E seja a Glória para sempre, e sempre ao Altíssimo Deus, Amém!

Então eu retornei para o meu corpo dando glória ao Senhor da Luz e da Escuridão. Em Saecula Saeculorum. Amém!

(Ao me preparar para dormir foi-me mostrado um extremamente brilhante {Dalet} no Caractere da Passagem do Rio em um ovo de luz branca. E eu interpretei isso como um excelente presságio. A letra estava extremamente vívida e realmente aparentava ser sólida. Praticamente um Dhyana.)

México
Novembro 17, 1900, Dia de Saturno.