![]() |
Astrum Argentum |
Probacionista |
G∴D∴ |
Philosophus |
Dominus Liminus |
R∴C∴ |
Adeptus Exemptus |
Bebê do Abismo |
S∴S∴ |
Ipsissimus |
Probationer Grade
Probação é o estado em que se encontra todo aquele que é iniciante em algo. No entanto, este é também o nome formal que qualifica o estado de quem deseja ingressar na Astrum Argentum.
A palavravra vem do Latim Medieval proba (exame), e data de 1580 como probare. Nesse sentido, ela significa a ação de exame, um investigação crítica ou penetrativa, uma tentativa de exploração avançada ou pesquisa.
Quem está nesse grau, será testado de todas as formas por seu instrutor a fim de adquirir confiançca deste. Mas a confiança no sentido de que é capaz de assumir as responsabilidades (capacitação e conhecimento) do grau. Portanto, desse estagiário, será necessário maior empenho em pesquisa interna e externa.
A Grande Obra para o Probacionista é: "obter um conhecimento da natureza e o poderes de meu próprio ser."
Dever do Probacionista
Os deveres do Probacionista estão explícitos nos Libri 185 ,13, Uma Estrela à Vista e Chamando os Filhos do Sol, porém cabem algumas considerações. Probacionista vem do latim probare, que significa "provar, prova". Após o período de Estudante (se houve necessidade) o candidato estará apto a tomar o juramento do grau, que podemos resumir o seu objetivo em "obter um conhecimento científico da natureza e poderes do meu próprio ser". Lembrando que a A.·. A.·. é mais uma ordem de ordálios do que de ensinamentos convencionais.
O candidato deve ser orientado por um superior na ordem, ao menos um Neófito, que passará uma série de tarefas por ele escolhidas aliadas a uma que o próprio candidato irá se impor, sendo também testado na prova da Sagrada Obediência ao seu Instrutor.
Ao assinar o juramento, o candidato deverá escolher um motto que mais lhe aprouver.
O período de Probação será de pelo menos um ano. Quando o Sol entrar novamente no signo em que a pessoa foi recebida, sua iniciação poderá ser-lhe concedida. A pessoa se manterá Livre de quaisquer outros compromissos durante uma semana a começar daquela data. Um mês antes da compleição do seu ano, ele entregará uma cópia do Registro de seu ano de trabalho ao Neófito apresentando, e repetirá para ele seu capítulo escolhido do Liber LXV.
Árvore da Vida
Em relação a Árvore da Vida, o Probacionista está perdido em Qliphoth.
Aqui vai um comentário de Aleister Crowley sobre o assunto:
- "Esses ordálias cegas, presumivelmente, referem-se a tais testes de aptidão, como os referidos à pouco. Nos mistérios antigos, era possível distinguir as ordálias formais. Um jovem entraria num templo para ser iniciado, e ele saberia bem que sua vida dependia de provar-se merecedor. Hoje o candidato sabe que as iniciações não são fatais, e que qualquer ordália proposta a ele , obviamente, aparecem apenas como pura formalidade. Na sala da Maçonaria por exemplo, ele pode jurar absolutamente disposto a manter o silêncio sob pena de ter sua garganta cortada, sua língua arrancada, e tudo mais e o juramento ser quebrado mais tarde.
- Na A.·.A.·., que é a genuína Ordem Mágica, não existem juramentos extravagantes. O candidato aceita o compromisso por si só, e sua obrigação é apenas "obter um conhecimento científico da natureza e forças do meu próprio ser". Não há punições relacionadas a violação da obrigação, porém, como esta resolução está em contraste com os juramentos de outras ordens no tocante a simplicidade e naturalidade, assim também com relação as punições. O rompimento com a A.·.A.·., atualmente envolve os mais assustadores perigos para a vida, liberdade e razão. A menor negligência é encarado com a mais implacável justiça.
- O que acontece é isso: quando um homem afirma cerimoniosamente sua ligação com a A.·.A.·. , ele adquire, toma contato, com todas as forças da ordem. Ele é capacitado, a partir desse momento, a fazer sua verdadeira vontade, da maior forma possível, sem interferência. Ele adentra uma esfera em que cada perturbação é, direta e instantaneamente, compensada. O indivíduo colhe a conseqüência de cada ação imediatamente. Isso é porque ele entrou no que posso chamar de mundo fluido, onde cada distúrbio é ajustado automática e instantaneamente.
- Assim, normalmente, supõe-se um homem como Sir Robert Chiltern ("Um Marido Ideal") que age de forma corrupta. Seu pecado sempre o assombra, não diretamente, mas depois de muitos anos, de modo a não manifestar uma conexão lógica com seu ato.
- Se Chiltern fosse um probacionista da A.·.A.·. seus atos seriam respondidos imediatamente. Ele vendeu um segredo oficial por dinheiro. Ele teria descoberto , dentro de poucos dias, que um de seus próprios segredos foi revelado, com desastrosas conseqüências pessoais.
- Além disso, tendo iniciado uma corrente de deslealdade, por assim dizer, ele seria vítima de uma torrente da mesma até conseguir eliminar a possibilidade de vir a agir desse modo novamente. Seria prematuro classificar este aparente exagero de punições como injustas. Não seria suficiente para cumprir a regra de pagar um "olho por um olho".
- Se você perdeu sua visão, você não tropeça em alguma coisa uma vez só, mas continuaria tropeçando de novo até recobrar o sentido perdido. As punições não são aplicadas deliberadamente pelos Chefes da Ordem, elas ocorrem respeitando o curso natural dos eventos. Eu não deveria me conter em dizer que esses eventos foram arranjados pelos Chefes Secretos. O método, se eu o compreendo corretamente, pode ser ilustrado por uma analogia: suponha que eu tivesse sido avisado por Eckenstein , a testar a firmeza das rochas antes de me apoiar nelas. Eu negligencio a instrução. É desnecessário a ele, percorrer o mundo todo e enfraquecer as rochas em meu caminho - elas estarão lá. E eu começo a escalar, e as falhas ocorrerão ou não, à medida que eu as encontrar. Da mesma maneira, se eu esquecer de alguma instrução mágica, ou cometer alguma falha de magia, minha própria fraqueza me punirá à medida que as circunstâncias determinarem o apropriado método.
- Pode se dizer, que essa doutrina não seja uma questão de Magick, mas de bom senso. Verdade. Mas Magick é bom senso. Qual é a diferença então, entre o Magista e o profano? A diferença, é que o Magista determinou que a natureza será para ele, um modo fenomenal de expressar sua realidade espiritual. As circunstâncias, portanto, de sua vida, são uniformemente adaptadas à sua obra.
- Outro exemplo: O mundo revela-se ao advogado de modo totalmente diferente do que o faz ao carpinteiro e, o mesmo evento, ocorrendo aos dois homens, sugerirá dois diferentes treinos de pensamento e conduzirá os dois, a diferentes resultados.
- Meus erros de julgamento, devido a aniquilação de meu ego e a consequente falta de direção sentida por meu corpo e mente, produziram seu efeito imediato. Eu não compreendi a extensão do meu erro e até sua real causa, porém, senti-me forçado a voltar à minha própria órbita."
Confessions of Aleister Crowley, pags 659 a 661
Outras informações são passadas pela tradição oral.
Citações análogas
Hermann Hesse em Sidarta
- - Permita-me, porém, uma objeção: tu que não possuis nada, que é que tencionas dar?
- - Cada um dá o que tem. O guerreiro dá a sua força; o comerciante, a sua mercadoria; o mestre, a sua doutrina; o pescador, os peixes.
- - Ótimo. E qual será o bem que tu poderás oferecer? Que aprendeste? Que sabes fazer?
- - Sei pensar. Sei esperar. Sei jejuar.
Ver também
Referências
- Liber 185